A Jovem Guarda foi um movimento cultural brasileiro surgido em meados da década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda, traduzindo-se, portanto, em um estilo ou gênero musical, em um modo de comportamento, e em um modo de vestir.
Consolidado com este nome em 22 de agosto de 1965, a partir da estreia do programa televisivo Jovem Guarda exibido pela TV Record, em São Paulo, apresentado pelo cantor e compositor Roberto Carlos, conjuntamente com o também cantor e compositor Erasmo Carlos e da cantora Wanderléa, deu origem a toda uma nova linguagem musical e comportamental no Brasil. Sua alegria e descontração transformaram-na em um dos maiores fenômenos nacionais do século XX.
Sua principal influência era o Rock and Roll do final da década de 1950 e início dos 1960 e o soul da Gravadora Motown. Grande parte de suas letras tinham temáticas amorosas, adolescentes e açucaradas – algumas das quais, versões de hits do Rock Britânico e norte-americanos da época.
Por essa inspiração, a Jovem Guarda tornou-se o primeiro movimento musical no país que pôs a música brasileira em sintonia com o fenômeno internacional do Rock da época, catalisado especialmente pelos Beatles. Os músicos e cantores começaram a fazer versões de músicas estrangeiras com letras próprias em português para lançar como se fossem suas, para depois compor suas próprias músicas em uma segunda fase.
Além de Roberto, Erasmo e Wanderléa, destacaram-se no movimento artistas como Ronnie Von, Eduardo Araújo e Sylvinha Araújo, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Martinha, Vanusa, Reginaldo Rossi, Sérgio Reis, Antônio Marcos, Márcio Greyck, Jorge Ben Jor, Tim Maia, além de bandas como Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis, Os Vips e The Fevers.
A Jovem guarda foi um fenômeno midiático que arrastou multidões, também designado como “iê-iê-iê”, em alusão direta à expressão “yeah-yeah-yeah” presente em sucessos dos Beatles, a Jovem Guarda era vista com restrições por setores da crítica, uma vez que sua música era considerada alienada pelo público engajado, mais afeito, primeiro à bossa nova e, depois, às canções de protesto dos festivais.
Fonte: Wikipedia
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