Protestos explodem após proclamção de Maduro como presidente
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, fez uma declaração enfática na última segunda-feira (29), afirmando que Edmundo González é o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais. “Já temos como provar a verdade”, disse Machado, destacando que a oposição teve acesso a 73,2% das atas eleitorais, que supostamente confirmam a vitória de González.
Apesar das afirmações da oposição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como vencedor, com um novo mandato que se estenderá de 2025 a 2031. Segundo os dados oficiais do CNE, Maduro venceu com 51,2% dos votos contra 44,2% de González. No entanto, a oposição contesta esses números, alegando que González obteve 6.275.182 votos, contra 2.759.253 de Maduro.
Edmundo González, em coletiva de imprensa ao lado de Machado, descreveu o resultado como um “triunfo histórico”, agradecendo à comunidade internacional pelo apoio. “Temos em nossas mãos as atas que demonstram nosso triunfo categórico e irreversível”, afirmou, pedindo calma e firmeza aos apoiadores.
A situação levou a protestos na capital Caracas, com confrontos entre manifestantes e a polícia. “Há um esforço em desmoralizar a vontade de mudança do povo”, disse González, referindo-se aos desafios enfrentados pela oposição.
Enquanto isso, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, convocou uma grande marcha em apoio a Maduro. A mobilização deve ocorrer nesta terça-feira (30), em várias localidades de Caracas. Simultaneamente, María Corina Machado convocou a população para se reunir em assembleias populares, também nesta terça-feira, para demonstrar a força e a maioria que, segundo ela, apoia González.
Com uma disputa eleitoral ainda longe de ser resolvida, a Venezuela enfrenta um momento de alta tensão e incerteza, com os olhos do mundo voltados para o desfecho desse embate político.
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