Às vésperas de uma viagem a quatro países da África Central, o Presidente francês, Emmanuel Macron, apresentou a sua “visão de parceria com os países africanos”.
Um discurso que marca um novo rumo da estratégia política e militar da França no continente africano, num contexto de contestação quanto às suas ação.
No início do seu discurso, no Palácio do Eliseu, Emmanuel Macron destacou a sua “profunda humildade perante o que se passa no continente africano”, contexto que qualificou como “uma situação sem precedentes na história”, enfrentando “vertiginosos desafios”.
Partindo da questão da “segurança climática, ao desafio demográfico com os jovens a quem devemos oferecer um futuro para cada um dos Estados africanos”, o chefe de Estado francês apelou à “consolidação de Estados e administrações, investindo de forma massiva na educação, saúde, emprego, formação, transição energética”.
O Presidente francês anunciou que a ministra da Cultura vai apresentar uma lei para regulamentar “novas restituições” de obras de arte ao continente africano, numa lógica de recusa de reduzir África a um “campo de competição”, defendendo “a construção de uma nova relação equilibrada e responsável. Seguindo um plano definido em Ouagadougou em 2017″ .
Esta nova lei para novas restituições de obras de arte “em benefício dos países africanos que o solicitarem” vai definir “uma nova metodologia e critérios para proceder” às restituições, “assente numa parceria cultural e científica para acolher e preservar essas obras”.
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Emmanuel Macron anunciou um fundo de “40 milhões de euros para as nossas embaixadas na África francófona para uma parceria, uma comunicação ofensiva”.
O Presidente francês inicia esta quarta-feira um périplo em quatro países da África Central: Gabão, Angola, Congo e República Democrática do Congo.
A última visita do Presidente francês ao continente africano aconteceu no mês de Julho de 2022. Emmanuel Macron visitou os Camarões, o Benim e a Guiné-Bissau. O Presidente francês pretende continuar suas visitas ao continente “quase semestralmente, ou até com mais regularidade”.
Por Rádio França Internacional