O presidente Luiz Inácio Lula da Silva termina sua visita oficial à China, com o objetivo de fortalecer as relações comerciais entre os dois países.
Por Rogério Cirino
Essa aproximação pode gerar conflitos de interesses com os Estados Unidos, principal parceiro estratégico do Brasil.
Uma das principais preocupações é o endividamento do Brasil com a China. Caso o país se torne muito dependente do gigante asiático, poderá enfrentar problemas futuros.
Além disso, a China tem interesse em adquirir empresas brasileiras, o que pode gerar conflitos de interesse com os Estados Unidos. O discurso de Lula clamando pelo fim do padrão dolar nas transações comerciais internacionais certamente acen deram uma luz vermelha em Washington, as palavras são um sinal direto aos americanos das intenções de Lula.
A parceria estratégica com os americanos remota a longa data, e em um cenário geopolítico que aponta para um futuro belicoso entre os dois gigantes, o Brasil deve pesar muito bem as possibilidades.
Um ganho econômico incial, a depender do encaminhamento da estrutura das relações internacionais pode rapiamente se transformar em um ‘débito’ político complicado de se pagar.
Todavia, a visita de Lula também resultou em acordos positivos para o Brasil. Foram assinados contratos que totalizam cerca de US$ 4 bilhões em investimentos. Dentre os acordos celebrados, destacam-se a cooperação em infraestrutura e transporte, além do fortalecimento da parceria entre as empresas chinesas e brasileiras.
Porém ademais as vantagens econômicas iniciais, como já dito, um cenário geopolítico complexo se desvela à frente, e o Brasil deve estar atento para não acabar ficando em um ponto complicado no futuro.
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