A acusação ocorreu no final da sessão onde a mesma deputada acusou colegas de vender votos para eleição da mesa da Casa. Após acusação de compra de votos, MP-AM vai investigar 16 Deputados estaduais do Amazonas
A líder do Governo na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Deputada Joana Darc (PL), denunciou suposto esquema de compra de votos para eleger o novo presidente do Parlamento, deputado Roberto Cidade (PV). Após a denúncia o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) vai investigar os 16 deputados que votaram nele.
Durante toda a votação, a deputada não poupou acusações e críticas aos 16 parlamentares, chegando a citar nominalmente cada um, chamando-os de “bandidos”, “golpistas”, “traidores” e “traíras”, afirmando que estavam acostumados a planejar as coisas “às escondidas”.
O MP-AM vai pedir esclarecimentos dos 16 deputados a partir da instauração de uma Notícia Fato baseada nas acusações feitas pela deputada em tribuna na sessão da última quinta-feira (3).
Joana acusou o deputado Roberto Cidade de comprar os votos dos demais deputados para mudar a Constituição do Estado e o eleger novo presidente da Aleam.
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“O deputado Roberto Cidade foi atrás de comprar votos dos colegas deputados estaduais. E eu digo o valor, porque ele não chegou a falar comigo, mas aqui todo mundo fica sabendo das coisas. O voto era R$ 200 mil”, disse Joana.
De acordo com o Ministério Público “o procedimento padrão inicial é a instauração de uma Notícia de Fato, que é seguida de envio de expedientes (ofícios) aos denunciados e órgãos e entidades que possam prestar informações iniciais. Daí, as investigações podem seguir de diversas maneiras de acordo com a necessidade de quem estiver apurando”, diz a resposta da assessoria do MP-AM.
Ação Judicial
Antes disso, a líder do governo Joana Darc e demais deputados que se sentiram prejudicados pela derrota na eleição da Aleam, intercederam junto à Justiça do Amazonas que concedeu liminar suspendendo o resultado da eleição da Mesa Diretora do Parlamento. A decisão é do desembargador Wellington José de Araújo, o mesmo que suspendeu a CPI da Saúde e o processo de impeachment do governador Wilson Lima (PSC).
Em ação Joana Darc argui que não foi convocada para participar da reunião da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) que aprovou a PEC que permitiu adiantar a eleição da Mesa Diretora. Para Joana, a votação é “totalmente ilegal” e contraria o Regimento Interno da Aleam.
Suposta agressão
A sessão da quinta-feira (3) terminou ainda em confusão, com a Deputada acusando Roberto Cidade de agressão. Porém os vídeos gravados no momento parecem mostrar que a deputada esbarrou no colega, que inclusive teria levantado as mãos no momento.
Com Informações do portal Realidade do Povo