O filme brasileiro foi indicado ainda para melhor fulme extrangeiro e Fernanda Montenegro para o prêmio de melhor atriz
O cinema brasileiro conquistou um marco inédito nesta quinta-feira (23). O filme “Ainda Estou Aqui” tornou-se a primeira produção da América do Sul a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, colocando o país no centro das atenções da maior premiação do cinema mundial.
Além da categoria principal, o longa também garantiu indicações em Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, graças à atuação de Fernanda Torres, aclamada pela crítica e apontada como uma das favoritas.
Com essa conquista, “Ainda Estou Aqui” se junta a “Roma” (2018), do diretor Alfonso Cuarón, como uma das raras produções latino-americanas a figurar na disputa pela estatueta de Melhor Filme. A obra mexicana foi indicada na edição de 2019 e abriu caminho para que histórias do sul global recebessem mais visibilidade.
A cerimônia da 97ª edição do Oscar está agendada para o dia 2 de março, em Los Angeles.
Reconhecimento tardio?
Curiosamente, a indicação ocorre apenas dois dias após o aniversário de morte de Rubens Paiva, figura central da trama. “Ainda Estou Aqui” aborda temas políticos e históricos do Brasil, um reflexo de um período sombrio da ditadura militar, conectando o passado ao presente de forma sensível e impactante.
Fernanda Torres, que interpreta a personagem principal, foi amplamente elogiada por sua entrega emocional ao papel, sendo considerada uma das maiores forças do filme.
Enquanto isso, a recepção internacional reacende debates sobre o lugar do cinema sul-americano no mercado global e a resistência que produções do continente enfrentam para obter o devido reconhecimento.
Agora, resta saber se “Ainda Estou Aqui” transformará esse feito histórico em vitórias no Oscar. Seja qual for o desfecho, o Brasil já garantiu seu lugar na história da sétima arte.