Alexandre de Moraes estaria na mira do governo Trump
Assessores diplomáticos do governo Lula (PT) alertaram tanto o presidente quanto o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre possíveis riscos caso o ministro Alexandre de Moraes viaje aos Estados Unidos. De acordo com informações da revista Veja, fontes próximas ao governo acreditam que há chances reais de o magistrado ser alvo de um pedido de prisão em solo americano, especialmente devido à influência do presidente Donald Trump e do empresário Elon Musk, que integra a administração republicana.
A preocupação se baseia no atual cenário político dos EUA, onde Trump, que recentemente reassumiu a presidência, tem demonstrado forte oposição a Moraes. O ministro do STF se tornou alvo frequente de críticas no Brasil, especialmente entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua atuação em investigações contra extremistas e figuras da direita. Nos bastidores do Planalto, teme-se que qualquer juiz federal nos EUA possa ordenar a detenção do magistrado.
Um assessor do governo petista afirmou que a possível prisão de Moraes seria vista como uma retaliação direta. “Qualquer juiz federal pode mandar prendê-lo, se pisar lá. Eles querem se vingar do Alexandre”, declarou à Veja. Esse cenário seria um golpe diplomático significativo para o Brasil e poderia gerar uma crise institucional entre os dois países.
Além disso, a prisão do ministro do STF representaria uma enorme vitória para os setores mais radicalizados da oposição no Brasil. “Seria uma grande vitória para o bolsonarismo e o início de um grande carnaval midiático”, avaliou outra fonte do governo. A possibilidade tem sido amplamente debatida nos bastidores da política brasileira, principalmente após Elon Musk intensificar críticas ao magistrado.
A relação entre Musk e Moraes tem se deteriorado nos últimos meses. O bilionário, dono da plataforma X (antigo Twitter), tem atacado publicamente decisões do ministro, acusando-o de promover censura no Brasil. Nos EUA, figuras conservadoras enxergam Moraes como um símbolo do que chamam de “autoritarismo judicial” e poderiam apoiar medidas legais contra ele.
Diante desse cenário, o governo brasileiro deve avaliar com cautela qualquer deslocamento do ministro ao exterior, especialmente para países onde a influência da administração Trump possa representar um risco jurídico ou político.
