Restrição a Maria Corina Machado levanta preocupações sobre direitos políticos e liberdades na região.
Por Rogério Cirino
A América do Sul tem testemunhado um alarmante aumento nos ataques às liberdades civis e à democracia, como evidenciado pelo recente julgamento que tornou inelegível o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Agora, mais um caso preocupante emerge na Venezuela, onde a líder da oposição, Maria Corina Machado, foi proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos.
Machado, uma engenheira industrial e ex-parlamentar de 55 anos, atualmente lidera as pesquisas entre os 13 candidatos das primárias, cujo objetivo é selecionar o representante que enfrentará o presidente Nicolás Maduro nas eleições de 2024. No entanto, a Controladoria-Geral do país emitiu uma carta afirmando que Machado está impedida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos.
Essa restrição foi ampliada devido ao apoio de Machado às sanções impostas pelos Estados Unidos ao governo de Maduro, bem como seu apoio ao ex-líder da oposição Juan Guaidó, de acordo com a carta da Controladoria. Esta não é a primeira vez que Machado enfrenta proibições semelhantes. Ela já estava impedida de sair da Venezuela há nove anos e, em 2015, foi barrada de cargos públicos por 12 meses devido a alegações de não ter incluído benefícios recebidos durante seu mandato parlamentar em sua declaração de bens. Machado nega ter recebido tais benefícios.
Leia também: O governador Ibaneis Rocha autorizou nesta quinta-feira (26) a primeira etapa da obra de restauração da DF-009, uma importante via que atende diariamente cerca de 30 mil motoristas do Lago… Benefício do Goiás Social garante até 48 viagens por mês para estudantes da rede pública e privada na capital, Região Metropolitana de Goiânia e Anápolis (Foto: Seds-GO) A Secretaria de… Os painéis de informações da chegada e partida dos trens da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) vão contar com novo leiaute e funcionalidades para o usuário. Um novo… No ar desde o dia 2 de dezembro, Tieta iniciou sua trajetória no Vale a Pena Ver De Novo com números expressivos. A Globo, entenda-se a alta direção, está empolgada… A Companhia Energética Iluminação Pública e Serviços (CEB Ipes) deu início a uma operação para modernizar a iluminação da Avenida Hélio Prates, uma das principais vias de Ceilândia, no Distrito… Foi publicada na terça-feira (24) a medida provisória que prorroga para 31 de dezembro de 2029 o prazo para utilização dos benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da… Já está em vigor a lei que regulamenta a produção, o uso e a comercialização dos bioinsumos na agropecuária. Bioinsumos são produtos e tecnologias de origem biológica (vegetal, animal, microbiana e… Os brasilienses terão mais um motivo — e mais um lugar — para comemorar neste fim de ano. A partir desta sexta-feira (27), a Torre de TV recebe uma programação… Escrito por Paulo Carvalho Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter… Ao longo de 2024, o Jardim Botânico de Brasília (JBB) investiu em modernização, manutenção da coleção de plantas e na promoção de pesquisa, educação ambiental e lazer voltados à conservação…
José Brito, legislador que faz parte da assembleia nacional controlada pelo partido governista, solicitou à Controladoria que esclareça a situação de Machado. Em resposta, a Controladoria afirmou que ela está “inabilitada para o exercício de qualquer cargo público pelo prazo de 15 anos”, conforme comunicado compartilhado por Brito.
Embora a proibição não afete a participação de Machado nas primárias, que estão sendo conduzidas pela oposição sem apoio estatal, isso significa que ela não poderá se registrar nas autoridades eleitorais para concorrer nas eleições presidenciais. Essas proibições têm sido amplamente criticadas pela oposição, que alega que o partido no poder as utiliza para impedir mudanças políticas.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), sediada em Washington, emitiu um comunicado rejeitando a decisão e pedindo eleições livres e transparentes. Segundo a OEA, o regime venezuelano recorre a desqualificações e proscrições para manter-se no poder, minando a democracia e aprofundando a crise política, social, humanitária e econômica que assola o país.
O caso de Machado traz à tona preocupações sobre o estado dos direitos políticos e das liberdades na América do Sul. Paralelamente, no Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro também foi alvo de um julgamento que o tornou inelegível. Esses eventos destacam a necessidade urgente de preservar e fortalecer os princípios democráticos e as liberdades fundamentais na região.