Carmela recebe título de cidadão honorário de Brasília nesta sexta (18)
Artista é figura icônica da cultura brasiliense, com relevante papel na luta contra a discriminação
Por iniciativa do deputado Jorge Vianna (PSD), a Câmara Legislativa do DF concede, nesta sexta-feira (18), o título de Cidadão Honorário de Brasília a Diego Chehin Ponce de Leon, conhecido popularmente pela personagem “Carmela”. A cerimônia acontece às 19h no plenário da Casa e terá transmissão ao vivo pela TV Câmara Distrital (canal 9.3) e pelo Youtube da CLDF.
“Recebida e aplaudida por figuras como Fernanda Montenegro, Ivete Sangalo, Fátima Bernardes, Anitta e Wesley Safadão, talvez seja a hora de a própria população do Distrito Federal reconhecer oficialmente e agradecer todo o ‘amor e humor’ que Carmela vem dedicando arduamente a nossa cidade”, destacou Vianna justificando a homenagem à artista.
Em suas redes sociais, a artista declarou a alegria em receber a homenagem e convidou seu público para participar da cerimônia. “Aguardo todos vocês para essa sessão histórica, onde farei uma performance artística forte e inédita, para mostrar que Carmela não anda só e tem um DF inteiro apoiando”, afirmou.
História
Nascida no Rio de Janeiro em 1981 como Diego Chehin Ponce de Leon, Carmela se destacou no cenário artístico e social de Brasília. Após passar parte da juventude na Europa, onde trabalhou como artista de rua e em diferentes empregos informais, retornou ao Brasil e formou-se em Comunicação Social, chegando a atuar como colunista e repórter de TV.
Sua transformação pessoal começou no início dos anos 2000, quando passou a se travestir, e essa nova identidade levou-a a utilizar a arte como uma forma de combater o preconceito. Com performances públicas e participações em veículos de mídia, Carmela se tornou uma figura icônica da cultura e ativismo local, o que culminou na criação do programa de rádio “Barraco da Carmela”, que atinge mais de 100 mil ouvintes em Brasília.
Além de seu trabalho na comunicação, Carmela engajou-se em causas sociais, com destaque para a luta em prol da comunidade LGBTQIA+, das pessoas em situação de rua e comunidades marginalizadas. Em paralelo, levou sua história de vida aos palcos com o monólogo “Vai Carmela”, que percorreu praticamente todo o circuito Sesc e Sesi do Distrito Federal. De Ceilândia a Sobradinho, o espetáculo lotou sessões de teatro por onde passou.
