Militantes da CUT, ligada ao PT, ainda tentaram agredir o pedetista
Matéria original: CNN Brasil
A manifestação contra presidente Bolsonaro na Avenida Paulista ontem (2/10), em São Paulo, concentrou a presença de presidenciáveis para as eleições de 2022. Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSol), assim como outras lideranças políticas, aproveitaram o ato para pedir o impeachment do presidente Bolsonaro.
O discurso de Ciro Gomes provocou reação de parte dos manifestantes. Ele foi vaiado e xingado durante toda sua fala contra Bolsonaro por um grupo de apoiadores do ex-presidente Lula. O grupo gritava o nome de Lula ao longo da manifestação. Alguns copos de plástico chegaram a ser arremessados em direção ao caminhão enquanto o presidenciável discursava. Enquanto isso, apoiadores de Ciro gritavam seu nome em apoio.
“Bolsonaro a tua hora está chegando, porque o povo brasileiro é muito maior que os fascistas de vermelho ou de verde e amarelo”, respondeu Ciro diante das vaias.
No início da fala, Ciro já havia partido para o ataque contra o presidente. “Fora Bolsonaro. Eu digo por que Fora Bolsonaro. Porque Bolsonaro é responsável por mais de 600 mil mortes de brasileiros. Porque Bolsonaro é corrupto, roubou a vacina que faltou para salvar a vida de brasileiros. Fora Bolsonaro porque enche de vergonha o Brasil no estrangeiro. Fora Bolsonaro porque está destruindo a economia nacional do Brasil”, disse Ciro.
“O impeachment de Bolsonaro é a única forma que a nação brasileira tem de se proteger contra um golpe de estado. Só há um jeito para impedir um golpe de estado no Brasil: é o povo na rua”, completou.
Com as vaias, no final do discurso, Ciro disse que estava acostumado a esse tipo de atitude, e que já tem experiência suficiente para ter enfrentado situações como essa, mas que a união era para “um bem maior”.
No começo da noite, a assessoria de imprensa de Ciro Gomes divulgou uma nota se posicionado sobre o ocorrido, afirmando que apesar das hostilidades, Ciro e o presidente do PDT, Carlos Lupi, estavam em confraternização e saíram do ato com tranquilidade. “São atos covardes de quem não está interessado no país. Esses covardes não intimidarão quem quer que seja. Ciro e o PDT seguirão na luta contra Bolsonaro e a favor do Brasil”, diz trecho da nota.