Com a exoneração de Teich, veja quem são os cotados para o Ministério da Saúde

Com a exoneração de Teich, veja quem são os cotados para o Ministério da Saúde

Com a exoneração de Nelson Teich, quatro médicos e um militar aparecem como os mais cotados para assumir a vaga.

Fonte: Agenda Capital*

A sexta-feira (15) foi bastante movimentada na capital federal, com o pedido de demissão do oncologista Nelson Teich do Ministério da Saúde. Dentro da bolsa de apostas, está o general Eduardo Pazuello, nomeado no fim de abril para o cargo de secretário-executivo do Ministério durante a curta gestão de Teich – ele havia assumido a pasta em 16 de abril.

Além dele, estão no radar do Palácio do Planalto, os médicos Nise Yamaguchi, Luiz Cláudio Fróes, Osmar Terra, e correndo por fora, o secretário de saúde do estado de Goiás, Ismael Alexandrino.

Oncologista e imunologista, Yamaguchi ganhou destaque no governo por seu apoio ao uso da hidroxicloroquina, remédio defendido por Jair Bolsonaro contra o novo coronavírus.

Já Fróes o atual diretor de Saúde da Marinha e, segundo fontes ouvidas pela, já teria sido sugerido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como um bom ministro na época da demissão de Luiz Henrique Mandetta.

Terra é um nome que sempre aparece em discussões sobre a troca na gestão do Ministério da Saúde. Ele foi cotado para substituir Mandetta, em abril, e atua como consultor de Bolsonaro sobre a pandemia de Covid-19.

O nome do secretário de saúde de Goiás, Dr. Ismael Alexandrino, volta a ganhar força dentro da ala militar mais próxima de Bolsonaro. O médico tem bom trânsito dentro do Palácio do Planalto, e já foi oficial da Marinha do Brasil.

Eduardo Pazuello

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, durante reunião em Manaus (AM)
Foto: Erasmo Salomão/Divulgação/M. da Saúde

Natural do Rio de Janeiro, Pazuello é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984. Participou de Operações no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus (AM) e, assim como o presidente Jair Bolsonaro e outros militares, tem o curso de paraquedista.

Entre outras funções de destaque, trabalhou na assessoria de planejamento, no comando da Base de Apoio Logístico do Exército e na coordenação logística das Tropas do Exército Brasileiro empregadas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro, em 2016.

Também prestou serviços ao governo durante a presidência de Michel Temer quando assumiu a coordenação da Operação Acolhida, que cuida de refugiados da Venezuela em Roraima.

Em 29 de abril, foi anunciado por Teich para ocupar a posição de secretário-executivo do Ministério da Saúde. Sem experiência de atuação na área de saúde, ele substituiu o médico João Gabbardo, nomeado para a posição durante a gestão de Mandetta. Segundo Teich, Pazuello foi escolhido por sua capacidade na gestão de logística, considerada por ele uma das principais necessidades para a atual crise derivada da pandemia do novo coronavírus.

Ismael Alexandrino

O presidente Jair Bolsonaro e o secretário de Saúde de Goiás, Dr. Ismael Alexandrino. Foto: Divulgação

O nome do secretário de saúde de Goiás, Dr. Ismael Alexandrino, volta a ganhar força dentro do Palácio do Planalto, de acordo com uma importante fonte ouvida na noite desta sexta-feira (15) pelo Agenda Capital.

O médico Ismael Alexandrino desfruta de um excelente trânsito na ala dos generais mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro. De acordo com um interlocutor com acesso ao presidente, o nome do secretário de saúde de Goiás está no radar dos prováveis nomes a ser escolhido por Bolsonaro para o Ministério da Saúde.

Há também a possibilidade de Ismael assumir a Secretaria-Executiva do Ministério e o general Eduardo Pazuello, ser efetivado como ministro da Saúde. De acordo com a mesma fonte, os dois tem um excelente relacionamento.

General Eduardo Pazuello e o médico Dr. Ismael Alexandrino, Secretário de Saúde de Goiás.

Ismael Alexandrino Junior é formado em medicina pela Universidade estadual de Pernambuco, especializado em Gestão da Saúde pela Fundação Getúlio Vargas, ex-oficial médico da Marinha do Brasil, foi secretário adjunto de Saúde do DF, diretor-presidente do Instituto Hospital de Base (IHBDF), e atualmente secretário de Saúde do Estado de Goiás.

Nise Yamaguchi

A médica oncologista Nise Yamaguchi. Foto: Reprodução/Youtube

A oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que trabalha no hospital Albert Einstein, em São Paulo, era uma das opções cotadas para assumir o cargo em abril, após a demissão de Mandetta. Ela voltou a aparcer entre os favoritos após se reunir, ontem, com o presidente, minutos antes de Teich entregar seu pedido de demissão.

A médica ficou conhecida por sua defesa pública do uso da hidroxicloroquina, normalmente recomendada para o tratamento da malária e do lúpus, em pacientes com Covid-19. Em entrevista à CNN em abril, Yamaguchi defendeu o tratamento com o fármaco, embora estudos já coloquem em cheque a eficácia do medicamento, e a comunidade médica alerte para os efeitos colaterais.

A profissional também é defensora do chamado isolamento vertical, em que só os indivíduos nos grupos de risco da doença se resguardariam. A estratégia é apoiada por Bolsonaro, mas vai contra o isolamento amplo recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e adotado na maioria dos estados brasileiros.

Luiz Cláudio Fróes

O almirante Luiz Fróes em palestra. Foto: Divulgação -15.out.2019/Marinha do Brasil

Desde maio de 2019 é diretor de Saúde da Marinha. Antes, foi diretor do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, e diretor médico do Hospital das Forças Armadas.

Também já atuou em Brasília. De 2015 a 2017, foi diretor do Departamento de Saúde e Assistência Social do Ministério da Defesa.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, foi um dos nomes sugeridos a Bolsonaro para substituir Mandetta. Na ocasião, porém, o presidente acabou optando por alguém que tivesse endosso da classe médica, caso de Nelson Teich.

Osmar Terra

Ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Outro nome que voltou a ganhar peso foi o do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania, e defensor do relaxamento da quarentena imposta por governadores. Em abril, o Planalto chegou a avaliar a substituição de Mandetta por Terra, que é médico.

Ele foi, inclusive, flagrado em uma conversa com ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, sobre a substituição do ex-ministro da Saúde e a mudança da política do governo de enfrentamento ao coronavírus no Brasil.

Terra já foi secretário de Saúde do estado do Rio Grande do Sul, quando enfrentou a pandemia do H1N1. Atualmente, tem atuado como consultor de Bolsonaro sobre a pandemia, e é bem mais alinhado com as ideias do presidente – sobre cloroquina e isolamento – do que eram Mandetta e Teich.

*Com informações do Agenda Capital e CNN

BSB TIMES

 

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