Crise no IBGE: Diretores pedem demissão com gestão de indicado por Lula

Insatisfação com gestão de Marcio Pochmann e Fundação IBGE+ motiva saídas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) enfrenta uma nova onda de pedidos de demissão entre seus diretores. Ivone Batista, diretora de Geociências, e Patrícia Costa, diretora-adjunta da mesma área, devem deixar seus cargos ainda em janeiro, conforme informou a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Essas possíveis saídas somam-se às de Elizabeth Hypólito, diretora de Pesquisas Econômicas, e João Hallak, diretor-adjunto da mesma área, que deixaram o órgão no início do mês. A crise interna tem como foco a insatisfação com a gestão do novo presidente do IBGE, Marcio Pochmann, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A principal motivação apontada para os pedidos de demissão é a criação da Fundação IBGE+, que teria autonomia gerencial, orçamentária e financeira, mas seria supervisionada pelo IBGE. A iniciativa tem como objetivo captar recursos para projetos e pesquisas antes inviáveis. No entanto, diretores acreditam que a fundação pode enfraquecer o protagonismo do instituto nas pesquisas nacionais.

Marcio Pochmann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), assumiu a presidência do IBGE em 2023 e, desde então, enfrenta resistência interna por suas propostas de reestruturação. A criação da Fundação IBGE+ é vista por parte da diretoria como uma mudança que desvia o foco e reduz a autonomia do órgão em temas estratégicos.

Até o momento, o governo federal e a presidência do IBGE não se pronunciaram oficialmente sobre as recentes demissões e a insatisfação dos diretores.

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