Advogado aponta pedidos de impeachment, denúncias e processos no âmbito civil como motivos
Os advogados do presidente do PTB, Roberto Jefferson, decidiram pedir a suspeição do ministro Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal como resposta à prisão do ex-deputado na manhã de sexta-feira (13).
O advogado Luiz Gustavo Pereira da Costa afirmou que a estratégia se deve ao fato de os dois já travarem disputas judiciais, o que tornaria o ministro interessado em uma condenação de Roberto Jefferson, na visão dele.
“O ministro Alexandre de Moraes tem questões pessoais com o Roberto Jefferson, tanto que já moveu processos contra o Roberto. Ele é suspeito, o Roberto Jefferson não tem foro privilegiado, ele [Alexandre de Moraes] não tem competência pra fazer isso”, afirmou.
Antes desse passo, no entanto, os advogados querem ter acesso à íntegra do processo e também pediram a conversão da prisão preventiva em domiciliar por questões de saúde relacionadas à problemas renais. Caso Moraes não responda a esse pedido, eles cogitam acionar o ministro plantonista deste final de semana para que ele seja solto o quanto antes.
O advogado sustenta que as histórias de Jefferson e Moraes já se cruzaram diversas vezes na Justiça. “O Roberto Jefferson ingressou com um pedido de impeachment contra ele, com três denúncias na Organização dos Estados Americanos, a OEA, ingressou com um pedido de impeachment do [ministro Luis Roberto] Barroso, ingressou com uma denúncia contra o tribunal em relação ao inquérito das Fake News… O ministro Alexandre de Moraes já entrou com dois processos de reparação de danos cíveis contra o Roberto Jefferson, sendo vencedor nos dois de indenização, ou seja, ele tem total interesse na causa”, acrescentou.
O advogado reclama ainda de ainda não ter conseguido acesso ao processo físico. Os advogados dizem ter sido barrados na visita ao prédio do STF para acessar o processo físico pouco depois das três da tarde desta sexta-feira (13/8). Duas horas antes eles haviam solicitado o acesso aos autos. Mais tarde, por volta das 16h20 eles pediram a conversão da prisão em domiciliar.
Pedro Duran, CNN Rio de Janeiro