Advogados afirmam que documento apreendido pela PF fazia parte da investigação desde a apreensão do celular de ex-ajudante de ordens.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esclareceu, nesta quinta-feira (8), que a suposta minuta de um decreto de estado de sítio encontrada em sua sala no edifício do Partido Liberal (PL), em Brasília (DF), foi enviada a ele por sua própria defesa em outubro do ano passado. Segundo o advogado Paulo Cunha Bueno, o documento já fazia parte da investigação “há tempos”.
Em nota, a defesa de Bolsonaro destacou que possíveis minutas já estavam sob investigação da Polícia Federal desde a apreensão do celular do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. Além disso, os advogados salientaram que o conteúdo do documento já havia sido amplamente divulgado pela imprensa.
Os advogados afirmaram: “Trata-se, portanto, de documento que já integrava a investigação há tempos e cujo acesso foi dado ao ex-presidente por seu advogado, vez que, repita-se, desconhecia, até então, sua existência e conteúdo.”
Em um vídeo divulgado, o advogado Paulo Cunha Bueno reforçou a nota, explicando que enviou o arquivo a Bolsonaro em outubro do ano passado por meio de um aplicativo de mensagens. Ele ressaltou que o documento não vinculava o ex-presidente a um golpe de Estado, mas era uma minuta armazenada no celular de Mauro Cid, apreendido durante sua prisão em maio do ano passado.