Determinação judicial exige de GDF demolição de casas na 26 de Setembro

Decisão do Juiz Aponta Complexidade Operacional e Anarquia na Área

Por Hélio Rosa

A Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal emitiu uma condenação contra o Governo do Distrito Federal (GDF), ordenando a demolição das casas construídas sem licença no Assentamento 26 de Setembro, localizado entre Taguatinga e Vicente Pires. O juiz titular da referida vara, Carlos Frederico Maroja de Medeiros, determinou que o GDF apresente, em um prazo de 30 dias, um cronograma para fiscalização, identificação e notificação de demolição de todas as construções não licenciadas. Além disso, dentro de 180 dias, o GDF deve efetivar as derrubadas das residências ocupadas por indivíduos que não se enquadram em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Na sentença publicada na segunda-feira (11/9), o juiz Maroja observou que ao alegar “complexidade operacional” para realizar as derrubadas na área, o Poder Executivo reconhece a existência de uma região na capital do país onde “praticamente imperam o crime e a anarquia, numa situação aterradora que o poder público não consegue conter”. O magistrado destacou que as declarações do governo se mostram contraditórias, uma vez que ele afirma realizar “constantes operações na área litigiosa”, mas implicitamente admite a ineficácia de suas ações devido à suposta “complexidade operacional” provocada por “grupos organizados, com características de milícias”.

Veja também:

A ESPN encerrou o ano com um resultado expressivo no mercado publicitário ao comercializar 23 cotas de patrocínio para as transmissões de seus torneios de tênis e futebol em 2025….

“O voo não pode ser ensinado, só pode ser encorajado”. As palavras de Rubem Alves, na entrada da Escola Técnica Deputado Juarezão, em Brazlândia, ganharam mais significado para a estudante…

Após uma década fechada, a Sala Martins Pena reabriu suas portas para receber uma nova geração de brasilienses. Chegou a vez de os pequenos conhecerem de perto como é o…

William Bonner revelou em seu perfil do Instagram, neste sábado (21), que sofreu um acidente durante uma atividade física. Nos comentários da postagem, César Tralli reagiu ao problema enfrentado pelo…

Local por onde circulam cerca de 650 mil pessoas por dia, a Rodoviária do Plano Piloto recebeu uma ação de combate à dengue neste domingo (22). A medida promovida pela…

Operação do Comando do Policiamento Rodoviário (CPR) inclui patrulhamentos ostensivos, abordagens e outras ações de fiscalização e conscientização (Foto: PMGO) Com a chegada das festas de final de ano e…

Depois de 19 anos convivendo com o HIV, Maria (nome fictício), de 38 anos, encontrou no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) um espaço de cuidado que transformou sua rotina….

Natal do Bem 2024 vai funcionar em horário especial nos dias 24 e 31 de dezembro, nesses dias o público poderá se divertir na maior festa natalina gratuita do Brasil…

Símbolo da cultura e do turismo do Distrito Federal, o Teatro Nacional Claudio Santoro está na memória de muitos brasilienses. Entre 1966 – quando o complexo cultural foi inaugurado –…

No pico das obras do novo sistema de captação e escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), o Drenar DF contou com 35 frentes de trabalho atuando…


 

De acordo com o processo judicial, as ocupações ilegais avançam sobre a Floresta Nacional, o que, para o juiz Maroja, representa uma “flagrante violação aos interesses jurídicos coletivos de proteção ao meio ambiente e à ordem urbanística, além da garantia de segurança pública”. Além de determinar que o GDF apresente um cronograma para demolir as construções não licenciadas no Assentamento 26 de Setembro, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, o juiz ordenou que o governo identifique a população em situação de vulnerabilidade e ofereça habitações dignas no prazo de 360 dias.

O juiz argumentou que não há violação à separação dos Poderes neste caso, uma vez que o Judiciário “tem o inequívoco dever de atuar concretamente para exigir a efetivação plena do ordenamento jurídico, estabelecendo condições de possibilidade para a superação da violação sistemática da ordem constitucional ocorrente em situações como a que está retratada nesta lide.” Maroja também condenou o Distrito Federal a apresentar um plano de operações para combater o crime organizado no Assentamento 26 de Setembro, particularmente as milícias mencionadas pelo GDF no processo, em 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. O plano deverá ser implementado no prazo de 180 dias após sua apresentação nos autos.

A coluna tentou contatar a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), o órgão do Executivo responsável pelos processos judiciais envolvendo o GDF, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para eventuais manifestações

website average bounce rate

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui