Dólar fecha no maior valor desde março de 2023 com meta fiscal e cenário externo
O dólar registrou a quarta alta consecutiva, atingindo R$ 5,183, o maior valor desde março do ano passado. Esse movimento foi impulsionado pelos dados do varejo dos EUA, que indicam a possibilidade de manutenção dos juros elevados por mais tempo.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, acompanhou a tendência negativa, encerrando o pregão com queda de 0,49%, chegando a 125.333 pontos, refletindo o cenário pessimista de Wall Street diante das incertezas sobre o primeiro corte de juros pelo Federal Reserve.
Internamente, os investidores reagiram com preocupação à redução da meta fiscal para 2025, anunciada pelo governo federal, agora estabelecendo um déficit zero. Além disso, a alta nas vendas do varejo norte-americano em março gerou sinais de uma economia sólida nos EUA, impactando o mercado financeiro global.
O aumento do dólar acompanha a elevação dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA, com os rendimentos dos Treasuries de dez anos alcançando picos desde novembro do ano passado. Enquanto isso, as tensões no Oriente Médio geram preocupações adicionais, especialmente sobre os preços do petróleo e a inflação nos EUA, diante de possíveis retaliações entre Israel e Irã.
