Certamente você já ouviu a frase ‘empoderamento feminino’ dezenas de vezes. E talvez se perguntou, ‘o que eu tenho haver com isso? ’ Devo lhe informar que, tem tudo a ver com isso.
Ele sempre esteve lá. Não são poucas as citações históricas acerca de mulheres que realizaram grandes feitos. Também incontáveis as vezes em que homens brilhantes realizaram feitos memoráveis por ter ao seu lado uma mulher empoderada.
Historicamente, a mulher foi apresentada como se fosse apenas coadjuvante, quando não, em uma situação de submissão e subserviência total. Esse último exemplo causou marcas profundas, bem como um movimento pela busca da ‘libertação’, e ela chegou, graças a Deus e a luta de bravas mulheres.
O empoderamento feminino é um caminho sem volta
‘Quando descobrimos o verdadeiro valor da liberdade, ansiamos por ser livres, não importa o custo’ (SM)
A mulher do século XXI já vivencia o sabor da liberdade, e não irá abrir mão. É fato também que esta lhe custa muito, jornadas extensas de trabalho, administrar casa e carreira profissional e, como citamos no livro o amor é uma viagem – Editorial Casa – as vezes nem sobra tempo para o amor.
Os homens evidentemente, não estão incólumes a estes acontecimentos, pelo contrário; tem sentido na pele todos os efeitos derivados desta evolução. Se alguém (as mulheres) está ganhando poder, alguém (os homens) teoricamente está ‘perdendo’, e nessa ‘queda de braço’ algumas fraturas e luxações, que a bem da verdade, não necessitariam acontecer.
Os espaços de poder que as mulheres meritoriamente vêm alcançando não implica em perda real para os homens, pelo contrário. Conforme citamos no início deste artigo, sempre houveram ‘mulheres empoderadas’ e a humanidade sempre se beneficiou disso, ocorre que não cabe mais aquele modelo patriarcal onde o homem era o provedor e dono da verdade e, a mulher cuidava de todo o resto – e nunca foi pouco, como cuidar do lar e da educação dos filhos, alias a falta desta educação de perto pelas mães, tem trazido um enorme prejuízo na construção de sociedade – As mulheres hoje em muitos casos são autossuficientes, e mesmo as que resolvem estar num relacionamento onde o homem prover, segundo a apresentadora Rita Brandão da rádio CBN Bahia, ‘as mulheres não querem relacionamentos em que os homens queiram dar apenas o que acham que elas necessitam, queremos o que merecemos’. E é isso! Ou os homens acordam para esta realidade, ou estão fadados a ficar sozinhos.
Na guerra todos perdem!
Assisti a uma publicação da competente atriz Bruna Lombardi, que me chamou muito atenção. Ela faz menção de que nos relacionamentos, os casais na maioria das vezes concordam em 95% das coisas más colocam energia nos 5% no ponto de discórdia, e muitas vezes os relacionamentos acabam por conta de um percentual bem menor (do que não é bom), ignorando-se a totalidade do que valeria apena.
O discurso: ‘você pode ser o que quiser e ter o que quiser quando quiser…’ tem levado muita gente a descartar relacionamentos preciosos por entender que logo ali encontrará outro melhor. Mas na vida real, nem sempre será assim, em algum momento da vida teremos que fazer concessões.
Se visitássemos asilos, onde pessoas idosas, algumas passaram a vida inteira fazendo ‘tudo o que queriam’ hoje estão ali, precisando conviver com as regras e os limites do outro.
Outro dia caminhando no centro da megalópole São Paulo, entristecido com aquele exército de homens e mulheres vivendo de maneira sub-humana, pensei: ‘o que será que está por trás da história de vida de cada uma dessas pessoas? Quais terão sido as concessões que não aceitaram fazer para estarem ali, ao relento? E o pior de tudo, percebi que mesmo no fundo do poço, existe regras. As calçadas ‘tem dono’ e se quiserem pernoitar por ali, terão que se submeter ‘as regras’. Talvez você possa estar pensando, o que tem uma coisa a ver com a outra, e a resposta é a mesma: temos tudo a ver.
Chego à conclusão, não custa atentar para o velho ditado popular: ‘melhor prevenir que remediar’. Quero descobrir como ser mais humano, quero me dispor a ser mais flexível e negociar durante a boa caminhada de forma justa as regras da convivência com o outro, antes que eu tenha que desembarcar em uma estação desfavorável, para descobrir que na guerra todos perdem, e todos tem a ver com isso.