A pressão era grande desde ontem entre o oficialato para uma resposta mais dura contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que insinuou estarem os militares “compactuando com um genocídio”.
Em nota, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes das três Forças, Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antonio Carlos Moretti (Aeronáutica) divulgaram agora a pouco uma nota de repúdio contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes pela declaração dada em um debate online promovido pela revista IstoÉ.
“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a Democracia”, diz a nota.
E continua…
Além disso, o documento afirma que “genocídio é definido por lei como ‘a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso’ (Lei nº 2.889/1956)”.
“Trata-se de um crime gravíssimo, tanto no âmbito nacional, como na justiça internacional, o que, naturalmente, é de pleno conhecimento de um jurista. Na atual pandemia, as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em preservar vidas. Informamos que o MD [Ministério da Defesa] encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis”
Agora resta elocubrar, e esperar, acerca do que se pretende um ministro da suprema corte com uma declaração desta natureza exatamente quando o presidente da república parece se esforçar por apaziguar os ânimos entre os poderes após meses de embates.
Hélio Rosa, para o BSB TIMES