O governo do presidente Donald Trump se manifestou oficialmente nesta quarta-feira (26) contra as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi a primeira vez que a administração republicana mencionou diretamente o magistrado brasileiro.
Críticas à censura
O Bureau de Assuntos para o Hemisfério Ocidental, órgão ligado ao Departamento de Estado dos EUA, publicou um comunicado classificando as decisões de Moraes como “censura”. A manifestação ocorreu após o ministro determinar multas contra plataformas digitais que não cumpriram suas ordens de bloqueio de perfis nas redes sociais.
“O respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar pessoas que vivem nos Estados Unidos é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”, afirmou o órgão americano.
Comitê do Congresso aprova punição a Moraes
Ainda nesta quarta-feira (26), o Comitê do Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que prevê punições ao ministro Alexandre de Moraes.
A proposta, chamada “No Censors on Our Shores Act” (“Sem Censores nas Nossas Fronteiras”, em tradução livre), determina a proibição da entrada de Moraes nos EUA.
O texto ainda precisa passar pelo plenário da Câmara dos Representantes e pelo Senado, antes de ser sancionado pela Casa Branca.