Lula não pede desculpas e ainda manda chanceler repreender embaixador de Israel

Arquivo - Márcio Batista/MRE

 Mauro Vieira, chamará atenção de embaixador por ‘genocídio’ na Faixa de Gasa

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, teve uma reunião com o embaixador de Israel no país, Daniel Zonshine, para expressar “surpresa e desconforto” em relação à resposta do governo israelense às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o encontro, que durou aproximadamente meia hora, Vieira adotou um tom cordial, porém firme, defendendo o posicionamento adotado pelo Brasil diante do episódio.

Segundo fontes próximas ao chanceler brasileiro, não houve pedido de desculpas ao embaixador Zonshine, mesmo após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cobrar uma retratação de Lula. Vieira destacou a importância de preservar as relações bilaterais entre os países e expressou sua preocupação, afirmando que o ocorrido não contribui para esse objetivo.

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A atitude de convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para uma visita ao museu do Holocausto Yad Vashem e a reprimenda pública do chanceler israelense foram interpretadas no Itamaraty como um “espetáculo” do governo Netanyahu, considerado “inaceitável” e fora das práticas diplomáticas. O episódio reflete a tensão diplomática entre Brasil e Israel desencadeada pelas declarações de Lula, que comparou as ações militares israelenses na Faixa de Gaza às atrocidades do regime nazista.

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