Nesta semana, as mulheres do Movimento dos Sem Terra do DF e Entorno (MST-DFE) ocupam o acampamento 8 de Março, em Planaltina. O parlamentar Gabriel Magno (PT) esteve no local, para se juntar às atividades da jornada que se prolongou entre os dias 12 e 13. O deputado subiu à tribuna na sessão desta quinta-feira (13) para defender a ação: “É preciso avançar também no DF com um programa de reforma agrária na capital do Brasil”.
Magno informou que o ato do MST contemplou uma caminhada em direção a Goiás, às margens da BR, para distribuir cesta básica e alimento orgânicos aos motoristas pelo caminho. O deputado contrastou a atitude com o agronegócio que, segundo comentou, joga fora alimentos para garantir o lucro máximo quando há excesso de oferta.
Ao longo do discurso, ainda disparou outras críticas à distribuição de terras. “Aqui em Brasília, vizinho ao acampamento do 8 de Março do MST, um grileiro ocupa uma terra pública da Terracap, um criminoso”, definiu. “O poder público não pode dar guarita a crime no DF, não pode dar guarita a crime ambiental. Esse sujeito ameaça as pessoas, com violência inclusive, e está perdendo na justiça porque invadiu ilegalmente terra pública e lá faz cultivo com agrotóxico e não respeita nenhum processo de legislação ambiental e nem a vida das pessoas”, denunciou.
Segundo definição própria do movimento, o MST está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total, abrange cerca de 450 mil famílias distribuídas em terras ocupadas por meio da organização dos trabalhadores rurais.