Ministro cita cinco parlamentares em decisão que atende pedido da PGR; PM do DF deve impedir atos no local
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada imediata de deputados federais do Partido Liberal (PL) que estavam em frente ao prédio da Corte, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, protestando contra medidas judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Foram citados na decisão os deputados:
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Hélio Lopes (PL-RJ)
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Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
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Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
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Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
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Rodrigo da Zaeli (PL-MT)
Segundo Moraes, os atos têm “caráter criminoso” e, caso haja resistência, a Polícia Militar do Distrito Federal está autorizada a realizar prisões em flagrante. O ministro também notificou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para coibir a instalação de qualquer novo acampamento no local.
Os parlamentares reagiram. Sóstenes e Gilberto negaram estar presentes no ato. “Estou no Rio de Janeiro, trabalhando na minha base eleitoral. O ministro deve estar confundindo os fatos ou surtando”, escreveu Sóstenes nas redes sociais. Gilberto disse estar na Paraíba e classificou a citação como “mais um erro grave do STF”.
O deputado Hélio Lopes chegou a montar uma barraca em frente ao Supremo na tarde de sexta-feira (25), protestando com uma fita branca na boca. Coronel Chrisóstomo se juntou a ele horas depois, afirmando que o protesto era pacífico e visava demonstrar “insatisfação com as decisões contra Bolsonaro”.
“Se a liberdade precisa de escolta, então já não estamos em uma democracia plena”, escreveu Lopes após saber da decisão do STF.
A medida de Moraes atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e reforça o cerco jurídico contra ações ligadas ao bolsonarismo.







