De acordo com o Estadão, até 70% dos motoristas podem aderir ao movimento em todo o país.
Por Rogério Cirino
Uma das entidades que apoia a greve é a Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). Segundo eles, o principal objetivo é exigir melhores condições de trabalho para os motoristas e entregadores, que frequentemente enfrentam dificuldades para garantir uma remuneração justa. As demandas incluem o aumento da tarifa mínima, redução da comissão cobrada pelas plataformas (que pode chegar a 60% do valor em algumas corridas) e a disponibilização de seguro de vida e saúde.
Outra entidade que está apoiando a greve é a Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (Fembrapp). O presidente da federação, Paulo Xavier, esclarece que as entidades não são responsáveis por iniciar a convocação para a greve, pois a iniciativa partiu dos próprios motoristas, influenciadores e produtores de conteúdo. Ele ressalta que as entidades entendem que as reivindicações são justas e, por isso, estão apoiando o movimento. Além da paralisação, estão previstas manifestações e carreatas com buzinaço em várias cidades, incluindo Belo Horizonte, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.
Veja também:
Um dos principais pontos de reivindicação dos motoristas é o estabelecimento de um repasse mínimo de R$ 10 por corrida e R$ 2 por quilômetro rodado. Atualmente, segundo Paulo Xavier, os motoristas estão recebendo em média entre R$ 1,10 e R$ 1,20 por quilômetro, o que é considerado impraticável, uma vez que os custos de manutenção dos veículos, incluindo gastos com combustível, chegam a cerca de R$ 1 por quilômetro. Ele argumenta que a competição acirrada entre as plataformas, como a chegada do Uber Moto, por exemplo, levou à redução dos repasses aos motoristas. Com o aumento na oferta de motoristas, o valor repassado aos trabalhadores diminuiu devido ao funcionamento do algoritmo baseado na demanda.