MST chama ataque do Hamas de ‘resistência legítima’

Posicionamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra Gera Controvérsias em Meio a Conflitos no Oriente Médio

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil emitiu uma nota expressando apoio “total e irrestrito” à luta da Palestina, criticando a política israelense como “apartheid”.

O MST, em seu comunicado, considerou a resistência palestina em Gaza como uma “reação legítima” a alegadas agressões e à política de extermínio de Israel ao longo de décadas. Além disso, comparou a Faixa de Gaza a uma “prisão a céu aberto”, uma descrição que gerou controvérsias.

Enquanto o conflito entre Israel e o grupo radical Hamas resulta em 1,5 mil mortes e milhares de feridos, o MST recebe críticas por seu posicionamento, especialmente diante da complexidade da situação. O “cerco total” de Israel, que inclui cortes de eletricidade, água e alimentos, agrava a já delicada condição humanitária em Gaza. No quarto dia de guerra, o Ministério da Defesa israelense informou bombardeios em mais de 200 locais na Faixa de Gaza, incluindo dois túneis entre os territórios.

Leia a nota do MST na íntegra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil mais uma vez reitera nosso apoio total e irrestrito à luta do povo Palestino pela sua autodeterminação e contra a política de apartheid implementada por Israel.

A Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos.

Gaza foi transformada pelo governo sionista de Israel em uma prisão a céu aberto! Um campo de concentração isolado do resto do mundo, permanentemente atacado e bombardeado pelo exército de Israel.

Um território de 365 km² onde vivem mais de 2 milhões de palestinas e palestinos que foram expulsos de suas casas e suas terras pelo exército e por colonos de Israel. Um dos territórios mais densamente povoados do mundo, em que as pessoas não tem a liberdade de ir e vir; são privados de comida, água, medicamentos, energia, assistência médica, entre outros direitos.

À brava Resistência Palestina em Gaza: seguiremos apoiando e defendendo o direito legitimo dos povos a reagir contra a opressão!

Ao povo de Gaza: vocês são um exemplo de resiliência para todos e todas que lutam por um mundo mais justo, onde os povos tenham o direto de definir seus próprios destinos, sem intervenções e colonizações.

Ao povo Palestino em qualquer lugar do mundo: vocês têm no Movimento Sem Terra irmãos e camaradas de luta! Não descansaremos enquanto não conquistarmos uma Palestina livre, com capital em Jerusalém e com o legitimo direito ao retorno de todos os refugiados expulsos de suas casas, terras e aldeias!

Seguiremos de mãos dadas com o povo Palestino, rompendo todas as cercas e muros que nos privam de viver e amar!

 

 

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