O nome de Bolsonaro ainda é forte entre caminheiros e greve deve ser dividida

A paralização deve ocorrer dia 2 de fevereiro, mas grupos de WhatsApp dos motoristas, fica evidente que a greve não é consenso e que Bolsonaro ainda tem muita força na categoria

Por Hélio Rosa, para o BSB Times*

O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo para que os caminhoneiros não façam greve no próximo dia 1º de fevereiro, porém é quase certo que algumas paralisações vão acontecer diante do apoio de vários sindicatos.

Porém, quem acompanha os grupos de WhatsApp dos motoristas, percebe que a greve não é consenso e que Bolsonaro ainda tem muita força na categoria. “Isso é sindicalista, é PT, querendo pôr os caminhoneiros em brigas deles”, foi o comentário de um  motorista baiano, o quê dá bem a tônica do movimento dividido.

 “chamar nosso presidente de vagabundo e usar nossa categoria para dizer que tudo é culpa dele é pesado. Desculpe, eu estava a favor da paralisação por conta dos preços dos combustíveis e das peças dos caminhões, mas jogar a culpa no presidente, eu não vou apoiar. Deixo de apoiar a greve aqui.” defende outro defensor  de Itapira (SP), escreve

Em live ontem, o presidente pediu aos motoristas que adiem a greve e afirmou que o governo estuda alternativas para diminuir o PIS/Cofins e assim reduzir o preço do diesel, mas que a solução não é fácil.

O reajuste de 4,4%  do diesel nas refinarias anunciado terça-feira deu força a movimentações para uma paralisação de caminhoneiros. em especial entidades ligadas à CUT (central de sindicatos fortemente ligada ao PT), como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e o Sindicato das Indústrias de Petróleo obviamente apoiam o movimento, seu viés é nitidamente politizar qualquer coisa para denegrir a ação do governo.

Um dos líderes da paralização de 2018 presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, faz coro com os sindicatos. Para ele  Bolsonaro não cumpriu as promessas de campanha e por isso agora ele defende uma paralisação.

*Com informações da revista Valor Investe
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