O que vai acontecer com Lulinha após denúncia de “mesada” do careca do INSS

Testemunha afirma que filho do presidente teria recebido mesada de R$ 300 mil; CPMI rejeita convocação

Um depoimento encaminhado à Polícia Federal e obtido pela CPMI do INSS aponta que o empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, teria recebido pagamentos mensais de cerca de R$ 300 mil feitos por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. A informação foi prestada por Edson Claro, ex-funcionário de Antunes, que relatou estar sendo perseguido por ele.

Segundo o depoente, além da suposta mesada, Antunes teria realizado um pagamento único de aproximadamente R$ 25 milhões ao filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O relato não especifica em qual moeda o valor milionário foi transferido. Os detalhes foram revelados pela repórter Mariana Haubert, do site Poder360, e confirmados por integrantes da CPMI.

O documento enviado à comissão também afirma que Lulinha teria viajado com o “Careca do INSS”, informação que reforçou a decisão de parlamentares de discutir o tema na sessão desta quinta-feira (4). Os dados integram o conjunto de apurações conduzidas pela CPMI, instalada para investigar fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

A comissão já havia tentado convocar Edson Claro, mas a tentativa foi barrada por parlamentares governistas. O ex-funcionário de Antunes é considerado peça-chave na apuração por relatar a estrutura interna do esquema e as relações financeiras atribuídas ao empresário preso.

Paralelamente às revelações, a CPMI votou nesta quinta-feira contra a convocação de Lulinha. Foram 19 votos contrários e 12 favoráveis ao pedido apresentado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). O parlamentar havia citado depoimentos anteriores, incluindo o de Eli Cohen, que mencionaram movimentações financeiras ligadas ao contador João Muniz Leite, responsável pelas contas de Lulinha à época.

A suposta ligação financeira entre o filho do presidente e Antônio Carlos Camilo Antunes se insere no contexto da chamada “farra no INSS”, investigada desde dezembro de 2023 após reportagens que apontaram aumentos expressivos no faturamento de associações que aplicavam descontos irregulares em aposentados. O rombo estimado chegou a R$ 2 bilhões em um ano, segundo informações levantadas na CPI.

As entidades envolvidas nas fraudes responderam a milhares de ações por filiações irregulares e descontos não autorizados, o que levou ao aprofundamento das investigações pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O caso ganhou outras ramificações após a prisão de Antunes, considerado um dos principais articuladores do esquema.

Em meio às novas denúncias, o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP) protocolou no STF um pedido para avaliar cooperação internacional e uma possível extradição de Fábio Luiz Lula da Silva. O parlamentar argumenta que as suspeitas envolvendo os pagamentos recorrentes e as transferências milionárias justificariam a medida, citando a mudança de Lulinha para Madri, onde pretende permanecer até o fim do mandato do pai.

As novas informações devem ser analisadas pelos integrantes da CPMI, que ainda avaliam a inclusão de novos depoimentos e diligências para aprofundar o esclarecimento das denúncias relacionadas ao esquema.

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