Assembleia-Geral destaca direito internacional e condena atos de violência.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução na sexta-feira (27), proposta pela Jordânia e apoiada por 47 países, relacionada ao conflito entre Israel e o grupo Hamas. Após dois dias de sessão especial de emergência, o texto recebeu 120 votos a favor, 14 contrários e 45 abstenções.
A resolução reafirma o direito internacional humanitário e apela por uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada, buscando o fim das hostilidades na região. O documento também expressa “profunda preocupação” com a escalada de violência no Oriente Médio e condena “todos os atos de violência contra civis palestinos e israelenses.”
O representante permanente da Jordânia na ONU, Mahmoud Al Hmoud, enfatizou a necessidade de um “cessar-fogo imediato” e a urgência de buscar soluções diplomáticas na região, considerando isso não apenas uma responsabilidade, mas também uma profunda obrigação moral.
Uma emenda sugerida pelo Canadá que mencionava o Hamas não foi aprovada, recebendo 88 votos a favor, 55 contra e 23 abstenções. A aprovação de resoluções na Assembleia-Geral requer uma maioria simples, mas, quando se trata de questões de paz e segurança, como essa resolução, são necessários dois terços dos votos presentes.
O Brasil votou a favor das duas resoluções discutidas na Assembleia-Geral. O embaixador brasileiro, Sérgio Danese, instou a ONU a se posicionar diante do “doloroso conflito” no Oriente Médio e enfatizou que a resposta coletiva a essa crise será um momento crucial para a organização, observado pelo mundo como um teste de eficácia do multilateralismo. Ele chamou tanto a Assembleia-Geral quanto o Conselho de Segurança da ONU a agirem de forma decisiva diante da crise na região.