Em seu primeiro encontro com a imprensa mundial, pontífice defende liberdade de expressão, critica a guerra e alerta para desafios da tecnologia
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Em seu primeiro encontro oficial com a imprensa internacional, nesta segunda-feira (12), o papa Leão XIV defendeu a libertação de jornalistas presos por “relatar a verdade” e convocou comunicadores de todo o mundo a promoverem uma “comunicação de paz”. A audiência aconteceu no Salão Paulo VI, no Vaticano, e reuniu mais de seis mil profissionais da mídia.
“O sofrimento desses jornalistas desafia a consciência das nações e da comunidade internacional”, afirmou o pontífice. “Vamos desarmar as palavras para desarmar a Terra. Escolham com coragem o caminho de uma comunicação que ouve, que não espalha ódio.”
Leão XIV também agradeceu aos jornalistas que acompanharam sua eleição, reconhecendo seu papel em “captar o essencial da Igreja” e transmitir ao mundo. Segundo ele, o jornalismo deve dar voz aos fracos e combater o preconceito, o fanatismo e a mediocridade.
O papa ainda alertou para os riscos do avanço tecnológico. “Pensando especialmente na inteligência artificial, precisamos de responsabilidade e discernimento. As ferramentas devem produzir benefícios para todos”, disse. Para ele, o papel da Igreja é não se fechar ao tempo, mas enfrentá-lo com coragem e fé.
Leão XIV, nascido Robert Prevost, é o primeiro papa norte-americano e sucedeu Francisco no último dia 8 de maio. Desde então, tem dado sinais de continuidade com o papado anterior, somando ênfases próprias — como a liberdade de imprensa.
