Parlamentares acusados de fake news dizem ao STF que não vão depor

Deputados acusados nas 'Fake News' não irão depor - foto CNN

Dos seis deputados federais que foram chamados a depor sobre a divulgação de notícias falsas, cinco não pretendem ir. Alguns já informaram ao próprio Supremo Tribunal Federal (STF) que não irão comparecer. “Informei que não irei. Diante das flagrantes ilegalidades, inconstitucionalidades e prerrogativas violadas. Ademais, está pendente de julgamento nossos HC (habeas corpus) e agora [Dias] Toffoli [presidente do STF] marcou data para o plenário avaliar o inquérito“, afirmou Filipe Barros à CNN.

Por Iuri Pitta e Basília Rodrigues, CNN Brasil

O julgamento está marcado para a próxima quarta-feira (10), antes do feriado. Em vídeo publicado na internet, o deputado Daniel Silveira também criticou a investigação. “Se eu sou um dos autuados, se eu fui citado, mencionado, intimado, eu preciso saber do que se trata para que eu possa montar minha defesa.” Silveira se refere ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, como “Torquemada”, um frade conhecido como Grande Inquisidor, do século XV.

Também perguntado pela CNN porque não irá, o deputado Junio Amaral, acusou o inquérito de ser ilegal. “Na minha condição de parlamentar não há porque me submeter a essa ilegalidade. Também por causa do twitte do Alexandre de Moraes afirmando que estamos dizendo mentira sobre não ter acesso aos autos. Mentira dele!”. Amaral seria ouvido nesta quarta-feira, às 14h.

Única parlamentar a dizer que irá depor, a deputada federal Carla Zambelli está com depoimento marcado para quinta-feira (4).

Outros alvos do inquérito também recorreram. Os empresários Luciano Hang e Otávio Fakhouri pediram acesso aos autos. Fakhouri pede ainda para não depor.

Na noite desta segunda-feira (1º), o gabinete de Alexandre de Moraes divulgou que “diferentemente do que vem sendo alegado falsamente, foi autorizado efetivo e integral conhecimento dos autos a todos os investigados no inquérito que apura ‘fake news’, ofensa e ameaças a integrantes do Supremo Tribunal Federal, ao Estado de Direito e à Democracia, com a obrigação da manutenção do sigilo das investigações”.

Reprodução: BSB TIMES

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