Aumento da tensão entre governo e presidente da Câmara dos Deputados deixa integrantes do PT em alerta
O Partido dos Trabalhadores (PT) está apreensivo diante da perspectiva de o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, incluir na pauta uma votação sobre o impeachment do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa preocupação surge em um momento de crescente tensão entre o governo e Lira nos últimos dias, além do fato de que o Planalto ainda não conseguiu consolidar uma base sólida de apoio na Câmara.
Com um total de 19 pedidos de impeachment de Lula já protocolados na Casa, sendo o último liderado por Carla Zambelli e contendo 140 assinaturas, a possibilidade de Lira avançar com uma votação sobre o assunto permanece incerta. Alguns membros do PT acreditam que, pelo menos por enquanto, Lira não tomará uma postura agressiva nesse sentido, mas a incerteza sobre o futuro político persiste.
O mandato de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados se encerrará em fevereiro de 2025. À medida que esse prazo se aproxima, há uma preocupação crescente de que ele possa se irritar com questões não atendidas pelo governo, o que poderia influenciar suas decisões políticas.
Tanto Lira quanto o ex-presidente Eduardo Cunha, responsável por instaurar o impeachment de Dilma Rousseff, são conhecidos pelo temperamento explosivo. Até o momento, foram protocolados diversos pedidos de impeachment de Lula, abordando desde sua reunião com o ditador venezuelano Nicolás Maduro até declarações controversas envolvendo o conflito entre Israel e o grupo Hamas.