Defesa deve informar data pretendida para procedimento eletivo de hérnia inguinal bilateral
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para realizar uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral. O procedimento foi classificado como eletivo, sem caráter de urgência.
A decisão ocorreu na sexta-feira (19/12), após análise de laudo pericial da Polícia Federal (PF) que confirmou a necessidade da intervenção.
No último domingo (14/12), Bolsonaro realizou exames de ultrassonografia que identificaram duas hérnias inguinais. Os médicos do ex-presidente recomendaram o procedimento cirúrgico como tratamento definitivo.
No dia seguinte, a defesa pediu autorização a Moraes para a “realização urgente de procedimento cirúrgico”. O ministro determinou o envio dos exames e laudos para análise de peritos da PF, além de perícia em Bolsonaro, realizada na quarta-feira (17/12).
O laudo da PF concluiu que Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral, condição que atinge os dois lados da região da virilha. A hérnia ocorre quando uma parte do intestino ou tecido interno escapa por um ponto enfraquecido da musculatura abdominal, formando inchaço que pode causar dor e desconforto.
Exames de agosto de 2025 não indicavam a doença. Em novembro, identificaram hérnia em um lado. Em dezembro, exames confirmaram o quadro bilateral.
Os peritos associaram a piora ao aumento da pressão abdominal, relacionado a soluços persistentes e tosse crônica relatados por Bolsonaro. Registraram desconforto na virilha, dificuldades para dormir e problemas na alimentação. Não houve complicações graves até o momento.
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro, cumprindo pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado, por condenação no processo da trama golpista.
Na mesma decisão, Moraes negou conversão da pena para prisão domiciliar, pois a legislação prevê o benefício apenas para regime aberto.
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