Putin afirma que uso do Oreshnik seria resposta a mísseis ocidentais lançados pela Ucrânia
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (28) que a Rússia poderá usar seu novo míssil hipersônico Oreshnik para atacar “centros de tomada de decisão” em Kiev. A ameaça surge como retaliação aos recentes ataques ucranianos com mísseis de fabricação ocidental, incluindo o ATACMS e o Storm Shadow.
Em uma cúpula no Cazaquistão, Putin afirmou que o Ministério da Defesa russo está identificando alvos potenciais, como instalações militares e industriais, além de edifícios governamentais em Kiev. Segundo ele, o Oreshnik, disparado pela primeira vez em 21 de novembro contra a cidade ucraniana de Dnipro, é impossível de ser interceptado, embora especialistas ocidentais questionem essa afirmação.
A escalada ocorre após a Ucrânia lançar mísseis ATACMS na Rússia em 19 de novembro, com novos ataques nos dias 23 e 25 do mesmo mês. Em resposta, Moscou intensificou seus bombardeios na Ucrânia, cortando a energia de mais de um milhão de pessoas.
Putin também destacou que a produção russa de mísseis supera em dez vezes a capacidade da OTAN e afirmou que o Oreshnik, apesar de possuir um poder destrutivo comparável a uma arma nuclear, não será equipado com ogivas nucleares.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o uso do Oreshnik como “uma clara e grave escalada” e pediu que a comunidade internacional condene as ações russas.
Enquanto isso, fontes de inteligência dos EUA minimizam a probabilidade de um ataque nuclear, mesmo diante das recentes atualizações na doutrina nuclear russa. No entanto, o clima de tensão entre Rússia e Ucrânia continua a aumentar, colocando a guerra em um novo patamar de risco e destruição.