A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) apresentou, na terça-feira (1º), os principais resultados alcançados no primeiro ano do projeto MAPS – Implementação e Fortalecimento do Cuidado em Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde do DF. O seminário, realizado no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), reuniu mais de 300 gestores, profissionais de saúde e especialistas que debateram temas importantes para consolidação e continuidade do apoio matricial em saúde mental.
O matriciamento prevê a elaboração de planos regionais, articulando diversos serviços, como eMulti, Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e ambulatórios de saúde mental. O objetivo é aperfeiçoar o cuidado em saúde mental desde a entrada dos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Esse é um evento de extrema importância para a Atenção Primária à Saúde. Recebemos grande parte da nossa comunidade em nossas UBS, e esse projeto nos dá as condições para assistir essa população do SUS que tem tantas dificuldades”, ressaltou a coordenadora da Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo.
A diretora de Serviços de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer, destacou a evolução do MAPS e sugeriu que a experiência pode servir de exemplo para outras unidades da Federação. “Sem a Atenção Primária, não conseguimos promover saúde mental de forma eficaz. A luta antimanicomial exige que acolhamos as diferenças e ofereçamos um cuidado qualificado desde a porta de entrada das UBSs, com protocolos e fluxos adequados”, pontuou Falcomer.
O seminário incluiu apresentação das estratégias de articulação e elaboração dos planos regionais de apoio matricial nas sete Regiões de Saúde do DF. Também foram discutidos os desafios da implementação das ações de saúde mental na APS, além de relatos de experiências de gestores da área.
MAPS
O Projeto de Implementação do Apoio Matricial na Atenção Primária à Saúde (APS), ou Projeto MAPS, surgiu de parceria da SES-DF com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a Unicamp e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O objetivo é capacitar profissionais da APS para ampliar o acesso aos cuidados em saúde mental nas equipes de Saúde da Família.
Ao longo do último ano, trios de apoio foram formados nas sete regiões de saúde do DF, com a participação de um bolsista da Unicamp, um servidor da APS e outro da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A professora da Unicamp e coordenadora do projeto, Rosana Onocko, destacou as conquistas. “É emocionante, um ano depois, ver o resultado de um trabalho tão intenso aqui no DF. Nossa maior satisfação é ver que conseguimos aplicar a ciência da implementação, algo que, há um ano, ainda era incerto”, disse.
*Com informações da Secretaria de Saúde