Conhecer a vagina é essencial para a saúde, higiene e a vida sexual feminina.
A vagina é um órgão incrível, embora muitas vezes seja injustiçada. Cores, larguras, cheiros, hímens, orgasmos.
1) Ela é só uma parte!
A vagina é apenas o canal interno, que liga a vulva ao cérvix (entrada do útero). A vulva, afastando os lábios internos, conseguimos ver a abertura da vagina.
Ilustração maravilhosa da página Mãe Solo
2) A cor da vagina não segue um padrão, mas pode mudar!
A vulva e a vagina podem ter diversos tons – entre marrons, rosas e vermelhos, que não tem relação direta com a cor da pele.
É perfeitamente normal, um indivíduo ter a pele do corpo escura e a vulva rosa claro, ou a pele do corpo clara e a vulva mais marrom ou roxinha. As variações são perfeitamente normais e que não afetam a fisiologia da vagina.
Além disso, a cor muda de acordo com a ação hormonal, e há uma tendência de ficar mais escura na idade fértil e durante a gravidez.
3) É impossível perder algo dentro dela
Pois bem, felizmente, não tem como perder algo dentro da vagina. Não existe nehuma cavidade secreta dentro dela.
A vagina é como um copo, com uma abertura de um lado (pra fora) e fechada no fundo. Ali, se encaixa o colo do útero, que, daí sim, tem uma abertura. Mas a abertura do colo do útero é bem pequena, insuficiente para entrar um objeto, por menor que seja. Fique tranquila quanto a isso.
4) Ela é super elástica
A vagina “em repouso” mede cerca de 8cm, podendo mais que dobrar de tamanho durante a excitação sexual! Portanto, o cérebro envia a mensagem e a vagina se estica tanto em comprimento quanto em diâmetro. Por consequência, isso permite uma relação sexual prazerosa.
5) Ela não fica ‘larga’ com o sexo ou o parto
Justamente por ser um tubo muscular bem flexível, após o sexo com penetração e o parto vaginal, ela retorna ao normal.
6) Ela tem glândulas
As glândulas de Bartholin ficam bem na entrada da vagina sendo responsáveis pela lubrificação e quando estimuladas, deixam a vagina umedecida.
7) Ela é casa de trilhões de bactérias
O principal grupo presente na microbiota da maioria das vaginas é o dos lactobacilos, que produzem ácido lático, o responsável pelo pH ácido característico da vagina, que por sua vez nos protege de infecções e desequilíbrios e seu odor lembra iogurte!
8) Ela é autolimpante
Segundo à microbiota, o canal vaginal consegue se limpar sozinho a partir das próprias secreções. Aliás, é essa secreção que muitas vezes fica na calcinha após um longo dia de atividades e em hipótese alguma se deve lavar por dentro da vagina.
9) O cheiro e o gosto mudam
O pH saudável da vagina é ácido, o que dá a ela um odor e principalmente gosto característicos. Mas o cheiro e o gosto da vagina, da lubrificação e do muco variam ao longo do ciclo menstrual natural.
Essas mudanças, quando dentro da normalidade, são sutis. Todavia é possível perceber um leve cheiro e gosto metálico na proximidade do período menstrual. Muitas mulheres também percebem o cheiro mais acentuado durante o período fértil, além do gosto mais “adocicado”.
A alimentação também pode interferir nesse quesito! Alho, café, carne vermelha, brócolis, em excesso, e álcool e cigarro podem deixar o gosto mais forte. Por outro lado, o consumo de frutas doces pode deixar o paladar mais adocicado.
10) Nem toda mulher tem hímen
Nenhum hímen é igual, e tem mulheres que nasce sem hímen que tende a ficar elástico e mais fino devido à ação hormonal.Alguns são lisos, outros tem pequenas “franjas”. Portanto, não tem como afirmar que alguém já fez sexo com penetração fazendo um exame físico ou olhando a vulva.
Ele também pode se romper em algumas partes, seja praticando esportes, colocando um coletor menstrual, tendo uma relação sexual com penetração ou até mesmo durante o parto vaginal.
O hímen não possui terminações nervosas, e o seu alargamento ou até rompimento não causa dor.
11) O “orgasmo vaginal” é clitoriano
Ao contrário do que muita gente acredita, o clitóris tá longe de ser apenas aquela cabecinha marota visível e maravilhosa.
O clitóris é um órgão exclusivo de prazer que se estende por dentro e envolve o canal da uretra e da vagina e gera combinações de pontos de prazer específicos pra cada indivíduo.
Clitóris inteirinho em amarelo
Algumas mulheres tem facilidade maior para chegar ao orgasmo estimulando a parte externa do querido clitóris, outras tem facilidade para chegar ao orgasmo a partir da estimulação interna dele.
Quando excitado, o clitóris recebe um grande fluxo sanguíneo e aumentando de tamanho. Por isso, o clitóris fica hiper sensível e pode receber estimulação indireta de várias regiões diferentes.
12) Vagina não solta pum
São os flatos vaginais, ou puns vaginais mesmo (sabe-se lá como chamam por aí).
Isso acontece quando uma quantidade significativa de ar entra no canal vaginal. E tudo que entra lá precisa sair. E quando esse ar sai muito rápido, faz os lábios internos vibrarem e produzirem um som parecido com o “pum normal”. Esses ruídos são mais comuns durante a relação sexual.
13) Ela pode ser exercitada!
Já que a vagina é um músculo, ela pode ser exercitada! E exercitá-la é essencial para manter a musculatura do assoalho pélvico rígida e evitar problemas com incontinência urinária e ainda potencializar o prazer!
Os exercícios mais famosos são os do pompoarismo e os exercícios Kegel. Os exercícios podem ser aprendidos e praticados como um hábito.