O ícone da direita Tucker Carlson deixou a Fox News, anunciou a emissora nesta segunda-feira, 24.
Por Rogério Cirino
A Fox News Media e Tucker Carlson concordaram em seguir caminhos separados, com o último programa do apresentador tendo sido na sexta-feira, 21. A empresa agradeceu a Carlson pelo serviço prestado como apresentador e colaborador da rede. Sua repentina partida chocou Washington e Wall Street, e as ações da Fox News caíram quase quatro pontos percentuais.
Carlson era uma figura chave na política republicana e conduzia um popular programa noturno durante o horário nobre, atraindo um público muito leal entre os telespectadores de direita. Ele entrevistou diversas vezes o ex-presidente Donald Trump e foi amplamente criticado por seu estilo agressivo, suposta falta de rigor jornalístico e, para seus maiores críticos, por exibir uma retórica racista e cheia de ódio.
Veja também:
A saída de Carlson ocorre dias depois da Fox News ter chegado a um acordo judicial de US$ 787,5 milhões em um caso de difamação movido pela Dominion Voting Systems. A empresa havia apresentado a ação alegando que no programa de Carlson foram feitas afirmações falsas de que suas máquinas foram usadas para roubar a eleição presidencial de 2020 de Trump contra o democrata Joe Biden.
O acordo garantiu que nem o proprietário da Fox News, Rupert Murdoch, nem apresentadores como Carlson precisariam testemunhar em um julgamento explosivo. No entanto, comunicações internas da Fox News vazadas para a imprensa sugeriram que altos executivos do canal estavam dispostos a espalhar mentiras sobre as eleições por medo de perder espectadores para seus concorrentes. Nas comunicações vazadas, Carlson disse que mal podia esperar para “ignorar Trump na maioria das noites” e acrescentou: “Eu o odeio fervorosamente”.
Lançada em 1996 para competir com a rede de notícias CNN, a Fox News permanece solidamente em primeiro lugar de audiência entre os canais fechados.