Ex-presidente recebeu Ricardo Pita em Brasília e criticou atuação do ministro do STF; informações serão levadas a Marco Rubio
Durante reunião na segunda-feira (6/5), em sua residência em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro conversou com Ricardo Pita, assessor sênior do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA — órgão equivalente ao Itamaraty. No encontro, Bolsonaro afirmou que o ministro Alexandre de Moraes (STF) estaria promovendo perseguição política contra opositores do governo Lula.
Segundo fontes, os detalhes do diálogo serão repassados diretamente ao chefe do Departamento de Estado, Marco Rubio. A reunião acontece em meio ao aumento da atenção internacional sobre o cenário institucional brasileiro.
Em fevereiro, o próprio Departamento de Estado já havia se posicionado sobre o tema. A área em que Pita atua publicou uma nota dirigida a Moraes, criticando o que classificou como “censura” no Brasil — documento que, na ocasião, foi também divulgado pela Embaixada dos Estados Unidos.
Enquanto isso, o chefe da área de sanções dos EUA, David Gamble, causou frustração à família Bolsonaro ao recusar reunião com o clã. Gamble esteve com representantes do Ministério da Justiça, mas recebeu uma resposta negativa ao pleito americano de classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas.
De acordo com a coluna de Paulo Cappelli, o governo Trump havia cogitado enviar membros dessas facções presos nos EUA para o presídio de segurança máxima Cecot, em El Salvador, voltado a detentos de alta periculosidade, como t3rroristas.
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