Subsecretário de diplomacia pública diz que país “está atento” e promete medidas contra ministro do STF
O Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou nesta quinta-feira (24/7) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de liderar um processo de “perseguição” e “censura” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita pelo subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, em publicação na rede X (antigo Twitter).
De acordo com Beattie, os Estados Unidos estão “atentos” e já “tomando medidas”, com o apoio do presidente Donald Trump e do secretário de Estado, Marco Rubio. A mensagem foi republicada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, reforçando a posição oficial do governo norte-americano.
A manifestação ocorreu poucas horas depois de Moraes advertir Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares, mas decidir não decretar sua prisão. Entre as restrições impostas, estão o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e proibição do uso de redes sociais — inclusive por meio de terceiros.
No mesmo dia, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou a revogação do visto de Alexandre de Moraes e de outros sete ministros do STF. A medida atinge integrantes da Corte apontados pelos EUA como responsáveis por violações à liberdade de expressão e por obstrução de processos democráticos.
Segundo Moraes, Bolsonaro estaria utilizando um “modus operandi” semelhante ao do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), investigado por conspirar contra o Brasil nos Estados Unidos. O ministro alegou que os investigados usam redes sociais para induzir autoridades estrangeiras a interferirem indevidamente no Judiciário brasileiro.
A CNN informou que entrou em contato com o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, mas não obteve resposta até a última atualização da matéria.
