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Glenn Greenwald, que ficou famos ao vazar as conversas da lava-jato, anunciou sua saída do The Intercept, nesta quinta-feira (29) alegando que o site tentou censurar texto dele em que criticava Joe Biden.
“A causa final [da demissão] é que os editores do The Intercept, em violação do meu direito contratual de liberdade editorial, censuraram um artigo que escrevi esta semana, recusando-se a publicá-lo a menos que eu removesse todas as partes críticas ao candidato presidencial democrata Joe Biden”, afirmou Greenwald. Atacando “todos os editores da Intercept com sede em Nova York” que apoiam Biden “veementemente”, Greenwald afirmou que “os meios de comunicação modernos não veiculam opiniões discordantes; eles as anulam. ”
Escreveu ele que o artigo censurado se referia a documentos relativos à postura de Joe Biden na Ucrânia e na China. Ele criticou o que chamou de “profundo medo” do Intercept de “ofender o progressismo cultural hegemônico e as ‘estrelas’ de centro-esquerda do Twitter, e uma necessidade abrangente de garantir a aprovação e admiração dos principais meios de comunicação”.
“Eles estão todos desesperados com Trump e querem que ele perca a eleição” , disse Greenwald, referindo-se a vários meios de comunicação. “Eles não querem ser desprezados em seus círculos sociais. E então eles estão dispostos a abdicar de sua função jornalística, que é tratar de umas das pessoas mais poderosas do mundo, Joe Biden, em parte porque querem manipular e mexer nas eleições usando o jornalismo. Mas em grande parte também porque eles têm medo de ouvir gritos no Twitter”.
Esquerdista ferrenho, ficou famoso expondo o que considerava excessos do estado de vigilância do governo Bush, Greenwald ganhou, recentemente, elogios de conservadores por sua cobertura cética da investigação na Rússia.
Pelo jeito na mídia militante não basta ser “de esquerda”, tem de ser de “extrema esquerda”, aos moldes daquela que trata Stalin, Mao e Castro como heróis.
Com informações da Gazeta do Povo, Hélio Rosa para o BSB Times.