
Plano americano prevê cessar-fogo, libertação de reféns e criação de um governo internacional temporário em Gaza
Delegações de Israel e do Hamas se reúnem nesta segunda-feira (6), no Cairo (Egito), em nova rodada de negociações mediadas pelos Estados Unidos. O encontro ocorre sob forte pressão do presidente americano, Donald Trump, que tenta viabilizar um acordo de paz para encerrar quase dois anos de guerra na Faixa de Gaza.
As conversas seguem após a resposta do grupo palestino ao plano de 20 pontos apresentado pela Casa Branca, que inclui cessar-fogo permanente, libertação de reféns israelenses e a criação de um governo internacional temporário, chamado “Conselho da Paz”, presidido pelo próprio Trump e com participação de líderes como o ex-premiê britânico Tony Blair.
Pelo acordo, Israel libertaria prisioneiros palestinos e devolveria corpos de vítimas, enquanto o Hamas se comprometeria a libertar todos os reféns e renunciar ao controle do território. O plano também prevê desmilitarização gradual de Gaza e posterior transferência administrativa à Autoridade Palestina.
Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que as negociações estão “avançando rapidamente” e pediu que as partes “se movam com urgência” para evitar “um grande derramamento de sangue”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou no sábado (4) que o país está “à beira de uma conquista significativa” e manifestou esperança de libertar todos os reféns durante o feriado de Sucot.
O Hamas, por sua vez, confirmou presença na reunião e afirmou, em nota enviada a mediadores do Catar, que busca encerrar o que chama de “genocídio contra o povo palestino”. O grupo indicou disposição para discutir os detalhes do plano, mas ainda não respondeu a pontos sensíveis, como o desarmamento e o futuro governo de Gaza.
Se aceito, o plano americano poderá encerrar um dos conflitos mais longos e devastadores da região, que já deixou dezenas de milhares de mortos e provocou uma crise humanitária sem precedentes no Oriente Médio.





