Diante de gravações e evidências, todos os 12 jurados consideraram o adolescente inocente
Por Rogério Cirino
O júri do estado do Wisconsin absolveu, nesta sexta, o jovem Kyle Rittenhouse, acusado pelo assassinato de dois homens e de ter ferido um terceiro durante os protestos do Black Lives Matter em 2020. Após quarto dias de deliberações, os jurados por unanimidade consideraram o réu “inocente” das cinco acusações contra ele, incluindo de assassinato.
Eram 23 de agosto do ano passado, quando os Estados Unidos foram palco de manifestações contra o racismo e a violência policial. A cidade de Kenosha se tornou um campo de batalha após policiais brancos ferirem o jovem negro, Jacob Blake, com um tiro nas costas.
Após três noites dos distúrbios, Rittenhouse, então com 17 anos, se juntou a homens armados para proteger suas empresas. Jogado no chão e acuado por “manifestante” atirou matando dois homens e ferindo um terceiro. O jovem foi preso pouco depois e indiciado pelas mortes, a mídia não poupou esforços para tentar demonstrar a culpa do jovem.
Rittenhouse se declarou inocente, sob alegação de legítima defesa. “Eu só queria deter as pessoas que me atacaram”, disse ele em meio a lágrimas no banco das testemunhas.
A promotoria ainda tentou emplacar a tese de que o adolescente “estava procurando emoção” e “sabia que haveria violência naquela noite”.
Não colou, e diante de vídeos e provas, todos os 12 jurados consideraram Rittenhouse inocente.