Operação Adolescência Artificial cumpre 16 mandados de busca relacionados à produção e divulgação de conteúdo pornográfico de alunas de colégios privados na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Nesta segunda-feira (18), a Polícia Civil deu início à Operação Adolescência Artificial para investigar a produção e disseminação de imagens pornográficas de alunas de escolas particulares na região da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, realizadas por meio do uso de inteligência artificial.
Agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) cumpriram 16 mandados de busca e apreensão nas residências de estudantes de duas instituições de ensino. A polícia apreendeu dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores, que serão periciados. As investigações revelam que os envolvidos manipularam imagens de colegas em plataformas de inteligência artificial para simular nudez.
O delegado Marcus Vinícius Braga, titular da DPCA, afirmou: “Esperamos, com a operação, descobrir quem foram os autores das montagens, bem como os alunos que compartilharam o material. As investigações estão sob sigilo. A lei é para todos.”
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Em novembro deste ano, a polícia iniciou uma investigação após montagens com imagens íntimas de alunas do Colégio Santo Agostinho da Barra da Tijuca circularem em grupos de WhatsApp. Pais procuraram as autoridades para relatar o caso, que está sendo apurado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e pela DPCA.
Estudantes do 7º ao 9º ano são suspeitos de utilizar inteligência artificial para editar fotos das jovens, removendo suas vestimentas, e compartilhar essas imagens modificadas em grupos. A ação teria afetado pelo menos 20 meninas, tanto estudantes do colégio quanto de outras instituições.
O Colégio Santo Agostinho se manifestou classificando o ocorrido como “lamentável” e prometendo a aplicação de medidas disciplinares correspondentes aos atos cometidos. Além disso, a escola divulgou uma nota esclarecendo o caso.
A partir da primeira denúncia, a polícia expandiu as investigações para verificar se alunas de outras escolas também foram vítimas da criação de imagens falsas utilizando inteligência artificial.