Trump é condenado por abuso sexual

Trump retaliou o que considerou um insulto preconceituoso

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado por abuso sexual e difamação contra a escritora e jornalista E. Jean Carroll.

Por Rogério Cirino para o BSB Times

O julgamento, realizado em Manhattan, resultou em uma decisão unânime do júri de seis homens e três mulheres, que deliberou por pouco mais de duas horas e meia. Trump terá que pagar cerca de US$ 5 milhões em danos compensatórios e punitivos.

Carroll acusou Trump de tê-la estuprado na década de 1990 e depois difamado quando ela tornou as acusações públicas. Trump nega as acusações, mas optou por não se defender nem testemunhar durante o julgamento. Ele sugeriu que a escritora estava inventando a história para promover seu livro e afirmou que ela “não fazia seu tipo”.

Os jurados tiveram que decidir se as ações de Trump configuravam estupro, abuso sexual ou toque forçado. Eles não consideraram que as provas configuravam estupro, mas decidiram condená-lo por abuso sexual. Além disso, o ex-presidente foi condenado por difamação.

O caso civil não tem consequências criminais para Trump, mas Carroll buscava uma compensação monetária não especificada. Durante o julgamento, outras duas mulheres também testemunharam que foram agredidas sexualmente pelo ex-presidente: a ex-repórter da revista People Natasha Stoynoff, em 2005, e Jessica Leeds, em 1979. Os jurados também ouviram trechos de um vídeo de 2005 em que Trump faz comentários desrespeitosos sobre mulheres.

Carroll disse ter encontrado Trump na loja Bergdorf’s, onde ajudou o ex-presidente a escolher um presente para outra mulher. Segundo ela, os dois olharam uma lingerie antes que Trump a persuadisse a ir a um camarim, onde a teria estuprado. A escritora não se lembrava da data exata em que o suposto estupro teria ocorrido.

Durante o julgamento, a equipe jurídica de Trump questionou a plausibilidade da acusação e por que Carroll nunca relatou o assunto à polícia ou gritou durante o suposto incidente. No entanto, dois amigos da escritora disseram ter ouvido dela sobre o suposto estupro na época, mas que ela os fez jurar segredo porque temia retaliação por parte do ex-presidente.

Carroll decidiu tornar pública sua acusação em 2017, após as acusações de estupro contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein levarem dezenas de mulheres a apresentar relatos de violência sexual por parte de homens poderosos.

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