Coronavírus em desarmonia com a política e o povo

Dezenas de pessoas fazem fila em frente a uma unidade da Caixa, nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, para tentar receber o auxílio emergencial anunciado pelo Governo.RICARDO MORAES / REUTERS

Mandetta rejeita pedido de demissão do coordenador da estratégia de combate ao coronavírus no Brasil, mas dá a entender em entrevista que seu trabalho no Ministério da Saúde está chegando ao fim. Brasil confirma 204 novas mortes e óbitos por Covid-19 chegam a 1.736 no país

Luiz Henrique Mandetta parece mesmo estar dando adeus ao comando do Ministério da Saúde. Após negar durante entrevista coletiva nesta quarta-feira o pedido de demissão de Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância e Saúde da pasta e coordenador estratégico do enfrentamento à Covid-19 no Brasil, Mandetta deu uma entrevista à revista Veja na qual se disse cansado após “60 dias nessa batalha”. Era uma referência aos desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro.

Novela da demissão se alonga porque presidente não escolheu substituto. Após coletiva desafiante, ministro fala à ‘Veja’ e diz que saída é irreversível

“Entramos no ministério juntos, estamos no ministério juntos e vamos sair juntos”, disse Mandetta ainda durante a entrevista coletiva, que teve tons de despedida.

Mais cedo, Wanderson de Oliveira, considerado o braço direito do ministro, havia enviado uma carta aos colegas na qual afirmava que “a gestão de Mandetta acabou”, segundo a Folha de S.Paulo, o que aumentou os rumores de que o próprio ministro deve deixar o cargo. Pesquisa do Atlas Político mostra que 76% são contra eventual saída de Mandetta da Saúde.

Também nesta quarta, o Ministério da Saúde confirmou mais 204 mortes por coronavírus e, assim, o total de vítimas no país chega a 1.736. A pasta também contabilizou mais 3.058 pacientes com a doença, um aumento de 12% em relação ao dia anterior.

BSBTimes
Agência Estado

 

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