Entenda a prisão de José Rainha, líder de movimentos por reforma agrária
Por Rogério Cirino
José Rainha e Luciano de Lima, líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), foram presos no sábado (4) pela Polícia Civil de São Paulo, acusados de extorsão. Segundo a polícia, eles exigiram vantagens financeiras de pelo menos seis vítimas.
A FNL afirma que as prisões têm relação com as invasões de terras realizadas durante o “carnaval vermelho”, uma série de ocupações que teria como objetivo a justiça agrária. A polícia diz que a ação visava responsáveis por expulsar invasores de terras e apreendeu diversas armas usadas em conflitos agrários.
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A polícia afirma que as prisões visavam interromper o ciclo delitivo e promover a paz no campo. A FNL pede a liberação dos líderes e defende que eles têm direito de responder às acusações em liberdade.
Durante o “carnaval vermelho”, a FNL coordenou dezenas de ocupações para pressionar o poder público pela distribuição e titularização de terras. A Polícia Militar de São Paulo combateu as invasões e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de São Paulo (Aprosoja/SP) emitiu nota criticando as ações da FNL, afirmando que invasões em Marabá Paulista, Sandovalina e Rosana eram comandadas por Rainha.