Declaração reacende alerta internacional sobre relações brasileiras com Teerã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (15), em entrevista à Fox News, que um país ocidental teria colaborado secretamente com o Irã no fornecimento de urânio. Sem citar nomes, a fala teve forte repercussão internacional — e colocou o Brasil no centro das especulações.
A suspeita recai sobre o histórico de aproximações entre Brasília e Teerã, como a recepção de dois navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro, em 2023, em meio a sanções norte-americanas. Além disso, a Declaração de Teerã, assinada por Lula em 2010 ao lado do então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, voltou à tona nas redes sociais.
Usuários especulam que os navios poderiam ter transportado urânio enriquecido, apesar da ausência de provas concretas. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estima que o Irã já possua material suficiente para fabricar até dez armas nucleares, o que torna qualquer apoio externo altamente sensível.
O governo brasileiro ainda não comentou as declarações de Netanyahu. No entanto, a pressão internacional aumenta e diplomatas ouvidos por agências estrangeiras alertam que o silêncio pode ser interpretado como omissão ou cumplicidade.
Caso se confirme qualquer envolvimento direto ou indireto, o Brasil corre o risco de enfrentar sanções econômicas, isolamento em fóruns multilaterais e desgaste profundo na relação com potências ocidentais. A questão pode escalar para o Conselho de Segurança da ONU.
A fala de Netanyahu insere o Brasil em um dos conflitos mais perigosos da atualidade — e exige resposta imediata do Itamaraty para dissipar dúvidas ou assumir responsabilidades.